1 de julho, 2019
No ano passado, a consultoria global Protiviti lançou o relatório “Perspectivas de Executivos para os Principais Riscos em 2018”. O resultado mostrado pela pesquisa é que o ritmo super acelerado do desenvolvimento tecnológico e as inovações disruptivas, aliado à resistência organizacional à mudança, seriam as MAIORES PREOCUPAÇÕES de 2018 – ao menos para um grupo de 728 empresários, formado por líderes de diferentes regiões do globo.
2019 chegou e o tema “transformação digital” ainda será o grande desafio dos próximos dois/três anos. Eu me junto à preocupação destes líderes no sentido de que tenho a real noção do quanto a transformação digital é algo importante e desafiador. Não somente no aspecto organizacional, mas no ASPECTO HUMANO também.
Afinal, a transformação digital faz com que a tecnologia esteja COMPLEMENTANDO OU SUBSTITUINDO tarefas. Então, nós, profissionais, precisamos otimizar e maximizar JUSTAMENTE as características que nos fazem verdadeiramente humanos. Porque, por exemplo, se atualmente a tecnologia, com suas linhas de código e algoritmos, proporciona o que antes as empresas buscavam em Q.I. (coeficiente de inteligência), agora, o que podemos agregar como seres humanos é a INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – como, por exemplo, a empatia e o espírito de autocrítica.
Daniel Goleman, autor do livro-referência “Inteligência Emocional”, define de forma ímpar a inteligência emocional como a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.”
Na minha jornada profissional, tive a oportunidade de viver a tecnologia e a transformação digital de forma intensa nos últimos cinco anos e, consequentemente, trabalhar muito com a importância da inteligência emocional. Você pode ler mais sobre a minha experiência como Head LatAm do Tinder aqui; e os aprendizados da minha transição para Chief Digital Officer na L’Oréal aqui.
Por meio dessas experiências, identifiquei alguns comportamentos que são sinais de pessoas aptas a lidarem melhor com a transformação digital.
Você gostaria de saber quais são alguns desses comportamentos para desenvolvê-los em seu time ou ainda em você mesmo? Vamos lá, essa pessoa:
Todos esses comportamentos provém de TRÊS fundamentais traços comportamentais que são essenciais na era da transformação digital. Eles sãos:
E como desenvolvê-las?
Primeiramente, precisamos mergulhar no AUTOCONHECIMENTO. E para isso, é necessário criar uma pré-condição para a possibilidade do diagnóstico, um espaço para mergulhar em nós mesmos. Gosto de chamar essa pré-disposição de “conjuntura dos 3 S’s”:
Normalmente, consigo isso em momentos específicos, e particularmente quando estou em contato com a natureza. Um exemplo foi quando tive uma palestra em Brasília e fui viajar sozinho para passar alguns dias na Chapada dos Veadeiros. Mergulhei fundo em mim mesmo. Foi tão inspirador, que até hoje carrego os pensamentos e insights que tive durante as trilhas e momentos de contemplação.
Você pode criar estas oportunidades de autoconexão com diversas iniciativas, como retiro, contato com a natureza; ou ainda, com coisas menos óbvias, como hobbies e paixões que cada um pode ter. No meu caso, um exemplo delas são as artes marciais, a escritura e a fotografia.
Aí, ao fazer o autodiagnóstico e, consequentemente, identificar as lacunas que você tem a respeito desses comportamentos, o que eu sugiro é que você “se force” a praticar alguns deles. Como, por exemplo, mesmo que você não sinta vontade de ajudar algum colega, o faça mesmo assim, porque você irá se surpreender pela RECIPROCIDADE de como isso volta. Pode ser que não seja na mesma hora, mas volta. Às vezes, quando menos se espera. A mesma coisa com proatividade: primeiro, tome ação e faça, se forçe, e depois veja os resultados. Com o impacto positivo, você começa a querer fazer ainda mais, gerando um círculo virtuoso.
Paralelamente, a empresa tem que criar os mesmos pressupostos no contexto corporativo; é imprescindível “deixar tempo” para as pessoas buscarem esse autoconhecimento. Nós estamos vivendo em um cenário de tanta poluição de informação (reuniões, e-mails, conversas que não agregam valor), que as empresas precisam estruturar de, forma top down, esses momentos. Isso em contexto organizacional, de visão, de time e de funcionário! Cada colaborador precisa achar este espaço para melhor contribuir para a organização.
E isso não é um assunto apenas de ‘departamentos’, nem de ‘processos’. É um assunto de pessoas e, principalmente, de LIDERANÇA. A alta liderança precisa ser exemplo e cascatear isso. Ela tem que ser a primeira na fila de hora de abraçar as práticas que visam o bem-estar, como meditação, trabalho remoto, home office, enfim… Uma infinidade de ações para diminuirmos a poluição de informação desnecessária e conseguirmos enxergar as pessoas com potencial de desenvolvimento neste contexto de transformação digital.
E tudo isso com um OLHAR DE APRENDIZ diante de todo esse contexto, será muito mais fácil navegar nas águas muitas vezes agitadas da transformação digital!
Aqui vai encontrar algumas idéias, reflexões e conteúdos sobre os temas que mais me apaixonam.
Desde como desenhar seu próprio estilo de vida, até como ter sucesso no meio da Transformação Digital, tudo é voltado a gerar provocações intelectuais que incentivem MUDANÇA em nossas vidas.
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