{"id":2764,"date":"2022-01-12T11:47:04","date_gmt":"2022-01-12T14:47:04","guid":{"rendered":"https:\/\/andreaiorio.com\/?p=2764"},"modified":"2022-01-12T11:47:05","modified_gmt":"2022-01-12T14:47:05","slug":"como-tomar-decisoes-mais-assertivas-na-era-da-abundancia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/andreaiorio.com\/blog\/como-tomar-decisoes-mais-assertivas-na-era-da-abundancia\/","title":{"rendered":"Como tomar decis\u00f5es mais assertivas na era da abund\u00e2ncia?"},"content":{"rendered":"\n
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Imagine que voc\u00ea \u00e9 o cientista de dados na sua companhia, e a Diretoria te pediu um relat\u00f3rio para tomar uma decis\u00e3o estrat\u00e9gica muito importante, que pode mudar o rumo da sua empresa. Voc\u00ea tem algumas formas de abordar este relat\u00f3rio, e est\u00e1 indeciso entre 3 formatos. Qual dos seguintes 3 formatos voc\u00ea escolhe?<\/p>\n\n\n\n
Qual caminho voc\u00ea escolhe?<\/p>\n\n\n\n
Veja bem: n\u00e3o tem resposta certa nem errada, mas se trata apenas de um exerc\u00edcio mental que inclusive ser\u00e1, de alguma forma, respondido com o conte\u00fado do epis\u00f3dio que ir\u00e1 trazer sim uma frase do autor. Do meu lado, j\u00e1 pode imaginar que acredito o certo ser a op\u00e7\u00e3o 3, pois afinal a lideran\u00e7a precisa de dados refinados e transformados em informa\u00e7\u00f5es e insights, e as vezes dado demais pode at\u00e9 confundir. Por isso precisamos nos responsabilizar para saber entender hierarquias e categorias de dados, para evitar ficarmos confusos diante a tamanho volume de dados. A verdade \u00e9 que na era da abund\u00e2ncia ficou mais dif\u00edcil tomar decis\u00f5es, e este epis\u00f3dio trata justamente deste tema, analisando uma fala do Naval Ravikant. <\/p>\n\n\n\n
O Naval \u00e9 fundador e CEO do AngelList, al\u00e9m de grande fil\u00f3sofo e pensador moderno sobre tecnologia e investimentos. Ele ficou famoso por seus tweet storms sobre Riqueza e Felicidade, que analisamos no epis\u00f3dio 57 do meu podcast, o Metanoia Lab, mas j\u00e1 que tamb\u00e9m \u00e9 um grande investidor, pode ter certeza que ele sabe tomar decis\u00f5es de forma muito assertiva. E \u00e9 justamente deste tema, de como tomar decis\u00f5es na era da abund\u00e2ncia digital e de acesso infinito a informa\u00e7\u00f5es, que o Naval nos fala nesta pr\u00f3xima frase:<\/p>\n\n\n\n
Alguns anos atr\u00e1s, comecei a me aventurar no mundo dos investimentos, e decidi procurar oportunidades para me tornar investidor anjo em start-ups de aplicativos. <\/p>\n\n\n\n
Afinal, eu trabalhava no Tinder e entendia bastante de criar, escalar e monetizar aplicativos mobile, e foi assim que comecei a me relacionar com startups e fundadores no mercado, para ver o que podia acontecer.<\/p>\n\n\n\n
Ao longo dos dois anos seguintes eu investi em 4 aplicativos: o Zen, de medita\u00e7\u00e3o, o Filmr, de edi\u00e7\u00e3o de videos, o Scorp, uma rede social da turquia que era meio que precursor do TikTok, e no BrotherTongue, uma aplica\u00e7\u02dc\u00e5o de aprendizado de idiomas com intelig\u00eancia artificial. <\/p>\n\n\n\n
Nos primeiros dois casos, do Zen e do Filmr, eu tinha a certeza de que queria ser investidor: ao olhar os n\u00fameros, o time de fundadores, e o produto em si, a resposta a minha pergunta era um sonoro “Sim”. <\/p>\n\n\n\n
Nos \u00faltimos dois, do Scorp e do BrotherTongue, j\u00e1 era um “Bora l\u00e1, vamos nessa”. Porque isso? Porque eram aplicativos de amigos em que eu confiava, e mesmo n\u00e3o tendo 100% certeza que eu queria investir, eu fui na onda deles pois me convenceram a ser investidor. Ou seja, neste caso eu n\u00e3o soube dizer n\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n
Resultado? Enquanto o Zen e o Filmr foram aplicativos que deram muito certo seja em termos de crescimento de mercado, e em termos de retorno para mim como investidor, sendo que ambos fizeram exit, o Scorp e o BrotherTongue foram um fracasso. <\/p>\n\n\n\n
E voc\u00ea vai at\u00e9 poder me dizer: Andrea, mas isso pode ser um acaso s\u00f3, o que isso tem a ver com o que o Naval falou em cima?<\/p>\n\n\n\n
A verdade \u00e9 que tem tudo a ver: ou seja, diante da indecis\u00e3o de escolhas importantes como essas, \u00e9 sempre melhor dizer n\u00e3o do que sim. E eu vivi isso na pele.<\/p>\n\n\n\n
A gente vive isso na pele todos os dias. <\/p>\n\n\n\n
Na hora de contratarmos uma nova pessoa de nosso time: as vezes dizemos sim para algu\u00e9m mesmo n\u00e3o estando 100% convencidos, e qual a consequ\u00eancia disso? Nos vinculamos por um longo prazo com um colaborador que n\u00e3o necessariamente precisava estar l\u00e1 conosco.<\/p>\n\n\n\n
Na hora de aprovarmos projetos: as vezes dizemos sim para algo mesmo que n\u00e3o acreditemos no retorno, s\u00f3 para demonstrar servi\u00e7o ou para fazer algu\u00e9m feliz, e depois ele se torna t\u00e3o caro de pausar que voc\u00ea vai empurrando com a barriga pois os “sunk cost”, ou seja os custos irrecuper\u00e1veis, s\u00e3o altos demais. <\/p>\n\n\n\n
O problema disso tudo?<\/p>\n\n\n\n