“As pessoas não compram o que você faz, nem o como você faz: elas compram o porque você faz”.
A teoria do Círculo Dourado do Simon Sinek diz que o seu cliente se conecta verdadeiramente com o PROPÓSITO da sua empresa, mais do que qualquer outra coisa.
E do meu ponto de vista, o PROPÓSITO só fica aparente na sua estratégia se você juntar 3 pilares de marketing:
- EXPERIÊNCIA:
Do que adianta trazer consumidores para o seu negócio, se não há capacidade de retê-los e fidelizá-los? Isso é jogar dinheiro fora. Esse modelo vem do mundo dos aplicativos móveis, mas se aplica a qual- quer negócio, seja ele on-line, seja off-line. É necessário sempre se perguntar: qual a métrica de sucesso do meu negócio? O que eu faço para otimizá-la? Tendo essa informação, dedique 80% dos seus recur- sos a essa única métrica.
No Uber isso é medido pelo tempo estimado de chegada do seu motorista. No Tinder, pelo número de matches a cada swipe. No Zen, pelo tempo médio de meditação por usuário.
É importante lembrar que boas experiências também levam usuá- rios a comentarem positivamente sobre o seu produto ou serviço, e isso gera um efeito de divulgação e retenção ainda maior.
- CONVERSAÇÃO:
Estou falando de conteúdos gerados de forma orgânica, espontânea, boca a boca sobre produtos e que, no mundo digital, conseguem ser amplificados pelas redes sociais. Um estudo realizado pela Nielsen mostrou que 92% dos consumidores ao redor do mundo confiam totalmente na indicação de um amigo ou fami- liar, acima de qualquer outra forma de propaganda. E o conteúdo ou recomendação gerado e compartilhado por essas pessoas vale muito mais do que aquilo que é produzido pela própria marca.
Graças à acessibilidade da tecnologia, viramos todos criadores de informações, e quanto menos o conteúdo parece vir da marca, mais a pessoa tem propensão a se engajar com o produto ou serviço. À medida que seus usuários mais fiéis – ou os que tiveram sucesso com seu produto ou serviço – tiverem a oportunidade de contar a sua própria história de uso, mais você conseguirá ampliar a sua presença. Isso pode ser feito por meio de gamificação, de recompensas ou apenas de exposição na página da sua marca.
Outro caminho é alimentar a imprensa com informações e in- sights interessantes vindo do seu negócio, como pesquisas e estudos sobre o mercado em que está inserido e a relação com o seu produto. Por fim, uma parte fundamental da estratégia do marketing invisível é contar com o trabalho dos influenciadores dentro dos nichos em que você deseja atuar. Isso deve acontecer por meio de seeding de produtos ou criando oportunidades para eles compartilharem histórias sobre a interação com seu produto. Essas personalidades buscam constan- temente oportunidades de gerar conteúdo novo e relevante, e você ganha a oportunidade de gerar um efeito positivo que amplifica sua mensagem de marca.
- MINIMALISMO:
No livro Essencialismo: a disciplinada busca por menos, o autor Greg McKeown comenta que o essencialismo não é sobre fazer mais coisas, mas sim sobre como fazer as coisas certas da melhor forma. Para mim, essa filosofia se aplica a múltiplas áreas, como a da produtividade, mas é também extremamente importante para o marketing e crescimento. Minimize os canais tradicionais, o uso de banners que ficam piscando na cara do seu usuário, as promoções e os códigos de desconto de 34 letras promovidos por influenciadores desconhecidos, a sua participa- ção em solicitações de imprensa sem pé nem cabeça.
A Apple é uma marca extremamente aspiracional, com a qual trabalhei com muitas parcerias esses anos. Só quem trabalha com eles sabe quantos “nãos” eles costumam dizer para parceiros, campanhas e projetos. Ela é, para mim, uma empresa que representa melhor o conceito do essencialismo nos negócios e em seus próprios produtos.
A construção de uma marca aspiracional, em que as mensagens da marca são passadas de forma orgânica e minimalista, leva as pessoas à sua plataforma e as estimula a falarem de você. Com uma marca que já fala muito de si, o público não vai necessariamente falar muito a respeito. No entanto, o contrário também não é regra: não falar dificulta que o conheçam e divulguem. Por isso é fundamental comunicar-se da forma correta, seguindo os passos do marketing invisível.
Os 3, juntos, estão atrás do que eu chamo do MARKETING INVISÍVEL: ele é de fato o marketing mais efetivo nesse cenário de transformação digital, que mais conecta com a Geração Z (que já representa 20% da população Brasileira), e que está atrás do sucesso de empresas como o Tinder, a Apple, e outras.